Rio de Janeiro (RJ) — O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania inaugurou no último domingo (16) o Ponto de Apoio Dom Helder, instalado na Catedral Metropolitana do Rio, para oferecer banho, higiene, guarda de pertences e atendimento em direitos humanos a pessoas em situação de rua, com o objetivo de ampliar a proteção social e preencher a falta de serviços básicos para esse público na cidade.
O espaço, batizado de Dom Helder, foi estruturado em parceria com a Associação Rede Dom Helder Câmara de Economia Solidária e funcionará como referência para encaminhamento da população em situação de rua a serviços de saúde, assistência social e políticas de garantia de direitos.
Além de banheiros e guarda de pertences, o equipamento contará com apoio profissional para orientar sobre documentação, benefícios sociais e acolhimento. Segundo o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), a unidade também está apta a atuar como ponto inicial para atendimentos mais complexos, de acordo com cada necessidade individual.
A cerimônia de inauguração reuniu representantes de governo, entidades sociais e pessoas que vivem em situação de rua. A secretária-executiva do MDHC, Janine Mello, afirmou que o país ainda enfrenta uma lacuna na oferta de equipamentos específicos voltados à PopRua e destacou a importância de participação direta desse público na construção de políticas públicas.
Ela reforçou que o objetivo da iniciativa é contribuir com dignidade e respeito na vida cotidiana de quem enfrenta vulnerabilidade extrema, além de assegurar meios para que os serviços públicos estejam acessíveis sem barreiras. Segundo a secretária, enfrentar a violência e a discriminação sofridas pela população em situação de rua é parte essencial da consolidação de um Estado democrático.
A diretora de Promoção dos Direitos da População em Situação de Rua do MDHC, Maria Luiza Gama, afirmou que o novo espaço ajudará a qualificar os cuidados oferecidos, principalmente no dia a dia de quem não conta com estruturas básicas para sobrevivência.
O coordenador-geral do Comitê Intersetorial de Acompanhamento e Monitoramento da Política Nacional para População em Situação de Rua (CIAMP-Rua), Anderson Lopes Miranda, disse que a unidade permitirá acolhimento durante toda a semana, ampliando a rede de apoio.
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Representante da organização parceira, Tânia Nascimento destacou que o serviço busca promover convivência, construção de vínculos e debate sobre direitos como moradia, renda e saúde. Ela explicou que o local foi pensado não apenas como um ponto de passagem, mas como um espaço de fortalecimento comunitário.
O projeto integra o Plano Ruas Visíveis e prevê a implantação progressiva de equipamentos semelhantes em municípios com grande concentração de população em situação de rua.
De acordo com o MDHC, até 2026 serão instaladas até 40 unidades em todo o país, todas articuladas com os Centros de Acesso a Direitos e Inclusão Social (CAIS), em parceria com o Ministério da Justiça e Segurança Pública. As estruturas poderão funcionar em imóveis públicos ou entidades da sociedade civil com experiência comprovada no atendimento à PopRua.








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