Mais um “plano mirabolante” da extrema direita para sabotar o governo Lula parece que não vai funcionar, pelo menos na essência.
Como é sabido, o governador “moderado” de São Paulo exonerou seu fiel escudeiro da Segurança Pública (Derrite) para que, retomando ao menos temporariamente seu mando de deputado federal, numa “jogada ensaiada” com Hugo Motta (Presidente da Câmara Federal), tornasse o ex-integrante da ROTA relator do Projeto de Lei 5582/2025, o chamado “Lei Antifacção”.
Mas com que intuito tudo isso ocorreu? Seria por demais ingênuo acreditar que Tarcísio de Freitas está – realmente – preocupado em combater as facções criminosas, no Estado de São Paulo e no resto do país! Seu ex-secretário, que num futuro bem breve há de retornar ao cargo, também!
Depois da Operação “Carbono Oculto”, levada a cabo pela Polícia Federal, chega-se à conclusão de que um frio na espinha do governador deve ter percorrido um “frio”, ao perceber que nenhum tiro foi disparado, ninguém da Faria Lima foi ferido, e que a operação resultou no fechamento de 49 postos de combustíveis e envolveu “operadores” sediados na avenida famosa da Capital paulista.
É bom lembrar que o mandatário paulista é adepto do “trumpismo” e, nessa linha, tratou logo de colocar o “preposto” de volta à Câmara para tentar emplacar a falácia de que o crime organizado – seja em São Paulo ou no Rio de Janeiro, bem como no restante do país – trata de “organização terrorista”, abrindo as portas do país para o ente estadunidense “jogar algumas bombas” por aqui (Flávio Bolsonaro), sabotando e modificando totalmente o projeto de lei enviado pelo Governo Federal, numa clara atitude de “rifar” nossa soberania.
Porém, a dupla “Pink e Cérebro” (Tarcísio-Motta), não contava com a reação popular contrária, mesmo que esta tenha sido por meio de redes sociais, até porque não haveria sequer tempo de reação popular nas ruas, tamanha a pressa da dupla e de Derrite em acabar logo o serviço, colocando em votação “à jato o projeto desfigurado.
Assim, não restou alternativa ao “Ilustre Relator” do projeto de lei senão apresentar duas modificações retirando os temas espinhosos – para ficarmos numa metáfora –, culminando com o retorno, praticamente, do texto original do projeto, a ser conferido com lupa, segundo falou em entrevista à televisão o Deputado Alencar Santana, líder do Governo, para se evitarem novas surpresas, postas em parágrafos “camuflados ou escondidos” no texto legal.
Nesse sentido, a maior e mais absurda ignomínia, a de afastamento da Polícia Federal na investigação de indícios de crimes, ou mesmo a subordinação da atuação desta aos governadores de estado para exercício do mister, foi amplamente rejeitada, acredita-se, até mesmo por parlamentares da extrema direita.
No entanto, parece que o plano mirabolante da dupla, nem mesmo com a ajuda do preposto, prosperou. E, certamente, aliada à PEC da Segurança Pública, essa lei virá à luz no mundo jurídico para gerar os efeitos pretendidos, ou seja, tentar aniquilar as organizações criminosas, pegando-as onde mais sentirão: no bolso.











Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Ainda não há comentários nesta matéria.