O Ibovespa encerrou o pregão desta quarta-feira (24) praticamente estável, em alta de 0,05%, aos 146.491,75 pontos. O movimento refletiu a força das ações da Petrobras (PETR4), apoiadas pela alta do petróleo no exterior, que compensaram a realização de lucros em outros papéis. O índice oscilou entre 146.067 e 146.585 pontos ao longo do dia.
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Petrobras sustenta o índice com apoio do petróleo
As ações da Petrobras tiveram papel central na sustentação do Ibovespa, acompanhando a valorização do petróleo no mercado internacional. A commodity avançou diante de sinais de maior demanda e preocupações geopolíticas, o que favoreceu a estatal e ajudou a conter a pressão vendedora no mercado local.
Small caps dominam extremos: MERC4 dispara e Azul cai
O pregão também foi marcado por forte volatilidade em ações de menor liquidez. Entre as maiores altas, MERC4 disparou 29,47%, seguida por ONCO3 (+7,72%), GSHP3 (+6,52%) e NEXP3 (+6,36%).
Na ponta oposta, destaque para AMBP3 (−18,52%), CTSA (−13,49%), RSID3 (−8,81%) e AZUL4 (−7,87%). A pressão sobre a companhia aérea reflete a preocupação com custos operacionais diante da oscilação do dólar e do preço do combustível, além da fragilidade estrutural do setor em momentos de aversão ao risco.
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Mercado à espera do IPCA-15 e do BC
O cenário macroeconômico também influenciou a cautela dos investidores. Declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, na véspera, reduziram as expectativas de cortes agressivos de juros nos EUA, pressionando as bolsas de Nova York.
No Brasil, a agenda doméstica foi esvaziada, mas os agentes se posicionaram para a divulgação do IPCA-15 de setembro e do Relatório de Política Monetária do Banco Central, que saem nesta quinta-feira (25). Os dados devem calibrar apostas sobre os próximos passos da política monetária.
Dessa forma, o desempenho de quinta-feira será decisivo para indicar se o Ibovespa terá força para buscar novas máximas históricas ou não.