O Ibovespa encerrou esta terça-feira (23/09) em alta de 0,91%, aos 146.424,94 pontos, renovando o recorde histórico da B3. Durante o pregão, o índice chegou a tocar os 147.178 pontos na máxima do dia, consolidando a sequência positiva de setembro. O volume financeiro somou cerca de R$ 30 bilhões, acima da média diária recente. O movimento foi apoiado por fatores políticos e macroeconômicos, além da valorização de ações de peso.
Prefere ouvir o artigo? Então aperte o play!
Cenário político estimula apetite por risco
A principal notícia do dia foi o gesto de aproximação entre os presidentes Donald Trump e Luiz Inácio Lula da Silva após a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York. Segundo fontes diplomáticas, os dois líderes discutem a realização de um encontro bilateral.
Para investidores, a sinalização de diálogo ajudou a reduzir temores sobre atritos comerciais e reforçou a percepção de estabilidade nas relações entre Brasil e Estados Unidos. Esse pano de fundo político favorável aumentou o fluxo estrangeiro para ativos locais e deu sustentação à bolsa.
Dólar recua e melhora percepção do mercado
O câmbio também contribuiu para o humor positivo. O dólar à vista caiu 1,10%, cotado a R$ 5,279, registrando a maior queda diária em semanas. A desvalorização da moeda americana refletiu tanto a entrada de capital estrangeiro quanto a leitura de menor aversão ao risco.
Um real mais forte reduz pressões inflacionárias e melhora a perspectiva para empresas importadoras e setores dependentes de commodities dolarizadas.
Ações de peso sustentam a alta do Ibovespa
Entre os papéis de maior peso no índice, Petrobras, Banco do Brasil e Cosan estiveram entre os destaques positivos. O desempenho desses ativos foi determinante para que o Ibovespa conseguisse superar a marca dos 146 mil pontos.
Além das blue chips, setores ligados a commodities também tiveram bom desempenho, acompanhando a recuperação dos preços internacionais. O volume negociado na sessão superou a média diária recente, reforçando a consistência do movimento.
Leia mais
-
Ásia fecha em alta puxada por tecnologia; Europa abre sem força e ouro supera US$ 3.750
-
Bolsas da Ásia fecham em alta e Europa abre em queda nesta segunda-feira (22)
-
Mercado de carbono cresce e transforma o Brasil em ativo global
-
Com dólar abaixo de R$ 5,35, exportadores de café e açúcar perdem fôlego
Perspectivas para os próximos dias
Apesar do recorde histórico, a trajetória do Ibovespa dependerá de fatores externos, como a condução da política monetária pelo Federal Reserve e as negociações comerciais internacionais. Internamente, o foco segue sobre as discussões fiscais e os dados de inflação.
Ainda assim, a combinação de cenário político mais estável, fluxo estrangeiro positivo e dólar em queda sustenta a expectativa de que a bolsa mantenha o viés de alta no curto prazo.
Para investidores, a marca dos 146 mil pontos é simbólica e reforça o papel do Brasil como destino relevante no mercado emergente. No acumulado de 2025, o Ibovespa já acumula alta de aproximadamente 20,64%, ampliando os ganhos observados ao longo do ano.