No dia 4 de agosto de 2025, a Stone anunciou uma captação de R$ 295 milhões junto ao BID Invest, braço do Banco Interamericano de Desenvolvimento voltado ao setor privado. O objetivo é ampliar o acesso ao crédito para micro e pequenas empresas localizadas na Amazônia Legal, com foco especial em negócios liderados por mulheres.
A iniciativa marca a primeira parceria entre a fintech brasileira e o BID Invest, sinalizando um movimento estratégico para atuação em regiões de baixa bancarização. O financiamento vai permitir que a Stone ofereça produtos financeiros mais acessíveis e adaptados à realidade local, atingindo empreendedores que hoje enfrentam dificuldades para crescer ou formalizar seus negócios.
Segundo a própria empresa, parte relevante dos recursos será direcionada a mulheres empreendedoras, segmento ainda pouco assistido no Brasil profundo. A estratégia inclui também educação financeira, soluções digitais e apoio técnico para o uso adequado do crédito — medidas que aumentam a probabilidade de sucesso dos negócios financiados.
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Crédito para quem nunca teve acesso: o plano da Stone
De acordo com informação da Reuters, a Stone quer usar os recursos captados para criar uma rede de apoio financeiro em regiões de difícil acesso, muitas vezes ignoradas pelos grandes bancos.
A Amazônia Legal — composta por nove estados e 59% do território brasileiro — sofre com infraestrutura limitada, baixa digitalização e escassez de crédito acessível.
Com esse cenário desafiador, a fintech aposta em uma abordagem baseada em tecnologia, capilaridade e foco social. A ideia é que o crédito seja não apenas um produto, mas um vetor de transformação.
Por isso, a Stone pretende desenvolver ferramentas que ajudem os empreendedores locais a gerir seus negócios com mais eficiência e sustentabilidade, minimizando riscos e ampliando resultados.
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Inclusão financeira e impacto social como estratégia empresarial
Mais do que uma operação de captação, o movimento da Stone reforça uma tendência crescente entre empresas do setor financeiro: a integração entre impacto social e estratégia de crescimento.
A parceria com o BID Invest mostra que a fintech quer ser reconhecida não só pela inovação tecnológica, mas também por sua capacidade de gerar valor econômico e social em territórios negligenciados.
Esse posicionamento também fortalece a imagem da empresa diante de investidores preocupados com critérios ESG (ambientais, sociais e de governança), além de abrir portas para novas rodadas de financiamento internacional com viés de impacto.
Conclusão
Em resumo, a operação marca um passo relevante para a Stone, que amplia seu alcance e fortalece sua missão de democratizar o acesso ao crédito.
Ao mirar a Amazônia e as empreendedoras da região, a empresa se posiciona na vanguarda das fintechs que enxergam o Brasil profundo como oportunidade e não como desafio.
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