Região Norte é a menos otimista com as finanças pessoais, aponta PoderData

Mesmo com a maioria dos brasileiros acreditando na melhora da situação financeira, o Norte se destaca como a região mais insegura sobre o futuro do próprio bolso.

A Região Norte do Brasil é a menos otimista do país em relação às finanças pessoais nos próximos seis meses, segundo pesquisa do PoderData realizada entre os dias 26 e 28 de julho de 2025. Apenas 50% dos moradores da região acreditam que sua situação financeira vai melhorar — abaixo da média nacional de 53% e a menor taxa entre todas as regiões.

O levantamento revela um retrato preocupante: embora o otimismo predomine no cenário nacional, parte expressiva da população nortista segue enfrentando desafios que comprometem a confiança no futuro financeiro, como alta informalidade, instabilidade no emprego e dificuldade de acesso a crédito e serviços bancários.

Finanças Pessoais

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O que diz a pesquisa do PoderData

A pesquisa, realizada entre os dias 26 e 28 de julho de 2025, ouviu 2.500 pessoas em todas as regiões do Brasil. Os resultados mostram um Brasil dividido quanto às perspectivas econômicas.

  • 53% dos brasileiros acreditam que suas finanças vão melhorar nos próximos seis meses;
  • 50% dos moradores da Região Norte compartilham dessa expectativa — a menor taxa do país;
  • 20% dos entrevistados dizem que a situação financeira piorou recentemente;
  • 59% afirmam que os preços subiram nos últimos meses, enquanto apenas 9% perceberam queda na inflação.

Apesar do otimismo nacional, a pesquisa revela que uma parcela significativa da população ainda lida com instabilidade financeira e medo do futuro, especialmente nas regiões mais vulneráveis socioeconomicamente.


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O impacto do pessimismo financeiro no Norte

A desconfiança da população nortista em relação às finanças pode ser explicada por fatores estruturais, como:

  • Alta taxa de informalidade no trabalho;
  • Rendimento médio mensal inferior à média nacional;
  • Custo de vida elevado em capitais como Manaus e Belém;
  • Menor presença de agências bancárias e acesso restrito a crédito;
  • Baixos índices de educação financeira.

Esses elementos formam um cenário em que a preocupação com contas básicas, endividamento e instabilidade se sobrepõe à esperança de progresso financeiro — mesmo que o restante do país se mostre moderadamente otimista.

O que isso significa para as finanças pessoais?

Para quem vive em regiões de maior instabilidade, o dado serve como alerta: a falta de planejamento financeiro e de reserva de emergência aumenta a vulnerabilidade frente à inflação, perda de renda ou emergências familiares.

Por isso, é essencial reforçar a busca por:

  • Estratégias simples de organização do orçamento;
  • Redução de dívidas e negociação de parcelas;
  • Consumo consciente;
  • Uso de ferramentas gratuitas para controle financeiro.

O pessimismo não precisa ser paralisante: com informação, disciplina e apoio, é possível construir segurança mesmo em cenários difíceis.

Conclusão

A pesquisa do PoderData mostra que, embora o Brasil ainda tenha uma maioria otimista com o futuro financeiro, a Região Norte segue mais insegura, revelando desigualdades econômicas e desafios estruturais.

Essa diferença regional reforça a necessidade de educação financeira acessível, políticas públicas mais inclusivas e estratégias pessoais para retomar o controle das finanças, especialmente em regiões com menor suporte.

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José Carlos Sanchez Jr.

Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente é consultor financeiro e redator especialista em finanças.

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