Como bancos digitais estão mudando a forma de guardar dinheiro dos brasileiros

Com taxas menores, rendimento em tempo real e serviços acessíveis pelo celular, os bancos digitais vêm transformando os hábitos financeiros da população.

Os bancos digitais deixaram de ser apenas uma tendência e, em 2025, já ocupam espaço central na vida financeira dos brasileiros. Com contas que rendem automaticamente, ausência de tarifas e serviços totalmente online, essas plataformas estão mudando a forma como milhões de pessoas guardam e movimentam dinheiro no país.

De acordo com o Banco Central, mais de 60% das contas abertas no Brasil já estão em instituições 100% digitais. O avanço ocorre principalmente entre jovens de 18 a 34 anos, que buscam praticidade, ausência de tarifas e rendimentos automáticos superiores à poupança.

Além disso, segundo relatório da Febraban, os investimentos via bancos digitais cresceram mais de 45% no último ano, impulsionados pelo Pix, pela facilidade de aplicação em renda fixa e pela abertura para novos produtos financeiros.

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O que explica o avanço dos bancos digitais

A popularização dos bancos digitais está ligada a três fatores principais: tecnologia, custo e comportamento do consumidor. Ao eliminar a necessidade de agências físicas, essas instituições conseguem reduzir despesas operacionais e oferecer serviços sem tarifas ou com custos muito menores do que os bancos tradicionais.

Outro ponto é o acesso democratizado. Enquanto antes era comum a exigência de comprovantes complexos e processos burocráticos, hoje basta um celular para abrir uma conta e começar a aplicar dinheiro em opções que antes eram restritas a clientes de alta renda.

Impactos no hábito de guardar dinheiro

Um dos maiores diferenciais dos bancos digitais está no rendimento automático da conta, que permite que até o saldo parado seja remunerado.

Essa mudança faz com que o brasileiro comece a repensar o uso da poupança, que há anos ocupa a posição de “porta de entrada” para investimentos, mas que hoje rende menos do que a inflação em muitos períodos.

Além disso, a integração entre meios de pagamento (como Pix e cartões virtuais) e produtos de investimento cria uma nova dinâmica: guardar dinheiro deixa de ser um ato de “deixar parado” e passa a ser visto como oportunidade de ganhos imediatos.

Um novo futuro para o sistema financeiro

Especialistas avaliam que a tendência é irreversível. Bancos tradicionais já vêm incorporando estratégias digitais para não perder espaço, mas os “neo banks” continuam à frente na corrida por inovação.

Com juros mais competitivos e cada vez mais ferramentas de gestão financeira, os brasileiros estão mudando sua relação com o dinheiro — e o mercado acompanha esse movimento.

Conclusão

Em resumo, os bancos digitais não são apenas uma alternativa, mas uma revolução em andamento. Ao oferecer praticidade, segurança e melhores retornos, estão moldando o comportamento financeiro das próximas gerações.

Portanto, antes de escolher onde deixar seu dinheiro, vale comparar as condições e entender como cada banco pode se encaixar no seu perfil. O futuro das finanças já é digital, e ignorar essa transformação pode custar caro.

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José Carlos Sanchez Jr.

José Carlos Sanchez Jr.

Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente é consultor financeiro e redator especialista em finanças.

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