Eletrobras
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A Eletrobras (ELET3) aprovou a emissão de R$ 700 milhões em debêntures pela Eletronorte e deve ser um dos principais destaques do pregão desta segunda-feira (29). A operação, com vencimento em setembro de 2035, reforça o caixa da subsidiária e sinaliza estratégia de financiamento de longo prazo em um momento de maior atenção ao setor elétrico.

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Emissão fortalece posição financeira da Eletrobras

A 8ª emissão de debêntures simples da Eletronorte será realizada em série única, com prazo de dez anos. O objetivo é reforçar a estrutura de capital e ampliar a capacidade de investimentos em infraestrutura.

A medida reflete o esforço da Eletrobras em diversificar fontes de recursos e reduzir riscos financeiros, em linha com a agenda de fortalecimento das subsidiárias após o processo de capitalização da companhia.

Klabin expande negócios imobiliários e Simpar nega capitalização

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Outro destaque do dia é a Klabin (KLBN11), que concluiu uma operação voltada para a exploração de atividades imobiliárias no Paraná e em Santa Catarina. O movimento reforça a estratégia de diversificação da companhia, que busca expandir receitas além do setor de papel e celulose.

Já a Simpar (SIMH3), controladora da JSL e da Movida, negou informações sobre uma suposta megacapitalização conduzida pelo BTG Pactual. O comunicado visou afastar rumores de mercado e conter volatilidade em torno da holding.

Unipar ajusta estrutura societária e TIM revisa dividendos

A Unipar (UNIP3/UNIP6) anunciou a conversão de mais de 3 mil ações preferenciais classe 1 em classe 2, em conformidade com seu estatuto social. A medida tem efeito limitado sobre a estrutura de capital, mas integra os ajustes de governança da companhia.

No setor de telecomunicações, a TIM (TIMS3) comunicou alteração no valor bruto por ação referente ao pagamento de dividendos anunciados em 23 de setembro. O ajuste manteve o montante total em R$ 480 milhões, mas corrigiu o valor unitário para R$ 0,20 por papel.

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Concorrência pressiona margens da B3

No pano de fundo corporativo, a B3 (B3SA3) permanece no radar dos investidores. Apesar da valorização de mais de 30% no ano, a bolsa enfrenta questionamentos sobre a manutenção de margens elevadas, após o Cade abrir processo para investigar práticas que dificultariam a entrada de concorrentes.

Novos players, como a A5X e a Base Exchange, já se movimentam para oferecer serviços de negociação e clearing. Em mercados onde há competição, a margem líquida das bolsas costuma girar em torno de 30%, bem abaixo dos 52,2% registrados pela B3 no segundo trimestre.

O risco de compressão de rentabilidade pode impactar o valuation no médio prazo, embora o papel siga apoiado pela recuperação do volume de ações e pela distribuição robusta de dividendos.

José Carlos Sanchez Jr.

José Carlos Sanchez Jr.

Jornalista e redator especializado em economia, finanças e investimentos. É Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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