O Agora Tem Especialistas é um programa do Ministério da Saúde que amplia o acesso a consultas, exames e cirurgias pelo SUS. A iniciativa reduz filas, acelera atendimentos e usa hospitais públicos, privados e filantrópicos para reforçar a rede. Com regulação definida, busca diminuir o tempo de espera e garantir segurança assistencial para pacientes em todo o país com rapidez.
O que é o Agora Tem Especialistas?
O Agora Tem Especialistas é uma política pública voltada para ampliar a oferta de atendimentos especializados no SUS.
Em vez de depender apenas da estrutura pública já existente, o programa autoriza que o Ministério da Saúde firme parcerias com hospitais privados e filantrópicos para a realização de consultas, exames e cirurgias para pacientes do sistema público.
A ideia central é: onde há falta de profissionais, longa fila de espera ou capacidade limitada da rede pública, o programa complementa o atendimento utilizando a infraestrutura de hospitais parceiros.
Assim, pacientes que aguardam exames complexos, procedimentos cirúrgicos eletivos ou atendimento com determinadas especialidades médicas passam a ter mais alternativas de atendimento, sem custo adicional, já que tudo continua sendo financiado pelo SUS.
Quando o programa foi criado e como ele surgiu?
O programa foi estruturado em 2025 pelo governo federal como resposta direta à necessidade de reduzir filas de espera no SUS e ampliar o acesso a procedimentos especializados.
Ele surge em um contexto de demanda reprimida, acúmulo de cirurgias eletivas e dificuldade de acesso a determinadas áreas médicas em várias regiões do país.
Desde o anúncio, o Ministério da Saúde vem ampliando gradualmente a participação de hospitais e ajustando contratos conforme a necessidade de atendimento de cada localidade.
A expansão do programa também acompanha investimentos adicionais e planejamento para que ele tenha continuidade nos anos seguintes.
Como funciona o Agora Tem Especialistas na prática?
O funcionamento do programa ocorre por meio de contratos firmados entre o Ministério da Saúde e hospitais elegíveis. Para participar, as instituições precisam ter estrutura, equipe disponível e capacidade para realizar procedimentos especializados destinados exclusivamente ao atendimento de pacientes do SUS.
Uma vez habilitados, esses hospitais passam a oferecer um número adicional de atendimentos, que podem incluir consultas, exames e cirurgias de média e alta complexidade.
O cidadão não agenda diretamente nesses hospitais e não “entra” no programa por conta própria. O caminho continua sendo o SUS tradicional.
Os pacientes seguem sendo encaminhados pelas secretarias municipais e estaduais de saúde, por meio das centrais de regulação.
Essas centrais analisam cada caso, priorizam conforme critérios médicos, risco clínico e tempo de espera, e direcionam para os hospitais parceiros quando há indicação de atendimento pelo programa.
Como contrapartida financeira, os hospitais participantes recebem créditos que podem ser utilizados para quitar tributos federais vencidos ou a vencer.
Ou seja, o governo amplia a assistência à população enquanto cria um modelo de incentivo para que instituições privadas e filantrópicas participem de forma estruturada.

Quais áreas de saúde o programa prioriza?
O Agora Tem Especialistas foi pensado para atuar especialmente em áreas consideradas críticas no SUS, ou seja, especialidades onde a demanda é maior e as filas costumam ser mais longas. Entre as áreas prioritárias destacadas pelo Ministério da Saúde estão:
- cardiologia;
- oncologia;
- ortopedia;
- ginecologia;
- otorrinolaringologia;
- oftalmologia;
- nefrologia.
Nessas especialidades, o programa pode envolver desde consultas iniciais com especialistas até exames de alta complexidade e cirurgias eletivas, dependendo da necessidade de cada região e dos hospitais habilitados.
Quem pode ser atendido pelo programa?
O programa atende exclusivamente usuários do Sistema Único de Saúde. Isso significa que qualquer pessoa que depende do SUS pode, potencialmente, ser beneficiada, desde que esteja dentro do fluxo normal de atendimento público.
Não existe inscrição direta para o cidadão. O paciente não “se cadastra” e não escolhe participar. O acesso ao Agora Tem Especialistas acontece a partir do encaminhamento médico dentro do sistema público e da análise da central de regulação.
Na prática, quem já está na fila para consultas, exames ou cirurgias pode ser direcionado para atendimento em hospitais parceiros do programa, conforme os critérios técnicos, disponibilidade e prioridade clínica.
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Como o paciente consegue atendimento pelo programa?
O paciente procura uma unidade de saúde, passa por avaliação médica e, quando necessário, é encaminhado para atendimento especializado. Esse encaminhamento entra nas filas regulares do sistema.
A definição de quem será atendido pelo Agora Tem Especialistas não é feita pelo paciente nem pelo hospital privado. É a regulação pública que organiza, seleciona e direciona, com base em:
- prioridade clínica;
- risco do paciente;
- tempo de espera;
- disponibilidade de vagas nos hospitais parceiros;
- critérios definidos pelas secretarias municipais e estaduais de saúde.
Ou seja, o programa não substitui o SUS. Ele reforça e complementa o atendimento, mas sempre dentro da lógica pública de acesso organizado.
O que muda no SUS com o Agora Tem Especialistas?
A principal mudança esperada é a redução do tempo de espera para consultas e cirurgias especializadas, especialmente nas áreas com maior demanda.
Ao ampliar a capacidade de atendimento, o programa contribui para diminuir filas, antecipar diagnósticos e permitir que procedimentos essenciais sejam realizados mais rapidamente.
Além disso, ele ajuda a aliviar a sobrecarga de hospitais públicos e unidades de alta complexidade, distribuindo melhor o atendimento.
Outro efeito importante é o fortalecimento da integração entre setor público, privado e filantrópico, utilizando estruturas que já existem e que muitas vezes possuem capacidade ociosa.
O programa também reforça a ideia de que o SUS pode funcionar com estratégias de cooperação, combinando regulação pública, financiamento federal e participação complementar do setor privado de forma organizada e fiscalizada.
Quais hospitais participam do Agora Tem Especialistas?
O Agora Tem Especialistas conta com hospitais públicos, privados e filantrópicos contratados pelo Ministério da Saúde para reforçar consultas, exames e cirurgias especializadas do SUS.
A relação de unidades é ampliada gradualmente e varia por estado, conforme demanda regional e capacidade de atendimento.
Entre os hospitais já confirmados no programa estão:
- Hospital Cinthia Charone – Belém
- Beneficente Portuguesa – Belém
- Glória D’Or – Rio de Janeiro
- Niterói D’Or – Niterói
- Hospital e Maternidade Francisco / Neotin – Niterói
- Hospital Santa Terezinha – Sousa
- Santa Casa de Recife – Recife
- IMIP – Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira – Recife
- Santa Casa de Sobral – Sobral
- Santa Casa de Fortaleza – Fortaleza
- Santa Casa de Porto Alegre – Porto Alegre
- Instituto de Oncologia e Ciências Médicas – Belo Horizonte
A lista é dinâmica e segue em expansão, com novos hospitais sendo habilitados por meio de contratos oficiais do Ministério da Saúde.
Pacientes do SUS não fazem inscrição direta: o encaminhamento é feito pelas Secretarias Municipais e Estaduais de Saúde, via centrais de regulação.
Conclusão
O Agora Tem Especialistas representa uma estratégia importante do governo federal para ampliar o acesso a serviços especializados no SUS, reduzir filas e reforçar a estrutura de atendimento em áreas críticas.
Com parcerias estruturadas, financiamento direcionado e regulação pública organizada, o programa tenta transformar a capacidade instalada do setor privado e filantrópico em benefício direto para quem depende do sistema público de saúde.
FAQ – Perguntas Frequentes
Preciso me cadastrar para usar o Agora Tem Especialistas?
Não. O acesso acontece dentro do fluxo normal do SUS. O paciente passa por consulta, recebe encaminhamento e a central de regulação decide se o caso será direcionado para um hospital parceiro do programa.
O programa vale para todo o Brasil?
Sim, ele é nacional, mas a oferta varia conforme cada estado e município. A habilitação depende de contratos firmados pelo Ministério da Saúde com hospitais públicos, privados ou filantrópicos e das necessidades regionais de atendimento especializado.
O programa substitui o SUS tradicional?
Não. Ele complementa a rede pública. O Agora Tem Especialistas existe para reforçar consultas, exames e cirurgias em áreas com maior fila e demanda reprimida, usando a estrutura de hospitais parceiros para ampliar capacidade sem mudar as regras de acesso do SUS.
O atendimento pelo programa é gratuito para o paciente?
Sim. O atendimento continua sendo custeado pelo SUS. O cidadão não paga nada pelo serviço realizado dentro do programa. Os hospitais recebem por meio de contratos e mecanismos financeiros firmados diretamente com o Ministério da Saúde.
Quais tipos de especialidades o programa atende?
O programa prioriza áreas com maior fila no país, como cardiologia, oncologia, ortopedia, ginecologia, otorrinolaringologia, oftalmologia e nefrologia. Cada região pode ter foco diferente, conforme suas demandas assistenciais e capacidade instalada.
Quem decide para qual hospital o paciente será encaminhado?
A decisão não é do paciente nem do hospital. A definição é feita pelas centrais de regulação das secretarias municipais e estaduais de saúde, que avaliam prioridade clínica, risco, disponibilidade de vagas e critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde.








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