Cobre
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O mercado internacional de cobre registrou forte alta nesta segunda-feira (29) após o desastre na mina Grasberg, na Indonésia, interromper parte significativa da produção global do metal. O movimento ocorre em meio ao maior selloff de fundos hedge na Ásia em cinco meses e à abertura positiva na Europa, com investidores avaliando riscos de um possível shutdown do governo dos Estados Unidos.

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Tragédia na Grasberg amplia temor sobre oferta global

A Freeport-McMoRan declarou força maior depois que um deslizamento de 800 mil toneladas de lama atingiu a mina Grasberg, a segunda maior do mundo em cobre.

A produção do quarto trimestre deve ser “insignificante” e o déficit global previsto para 2026 pode quadruplicar para 400 mil toneladas. O preço do cobre em Londres saltou para US$ 10.485 a tonelada, maior nível em 15 meses.

Hedge funds aceleram vendas na Ásia antes de feriados

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Enquanto isso, fundos globais promoveram a maior liquidação semanal de ações da Ásia emergente em mais de cinco meses. O movimento concentrou-se em papéis de tecnologia da China, Índia e Taiwan, segundo nota do Goldman Sachs.

O índice MSCI AC Asia recuou 1,6% na semana passada, interrompendo uma sequência de três altas, em meio ao ajuste de posições antes dos feriados de Golden Week e Chuseok.

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Europa abre em alta e ouro atinge novo recorde

Na Europa, o índice STOXX 600 avançava 0,3% nesta manhã, apoiado por setores de saúde e tecnologia. O dólar recuava e os rendimentos dos Treasuries ganhavam fôlego, diante da ameaça de paralisação do governo dos EUA a partir de quarta-feira.

O ouro voltou a renovar recorde, cotado acima de US$ 3.800 a onça, sustentado pela busca por proteção. Já o petróleo operava em queda após o reinício de fluxo de oleoduto do Iraque para a Turquia.

Perspectiva para a abertura no Brasil

Os investidores locais devem repercutir a disparada do cobre e a aversão a risco nos mercados asiáticos, enquanto acompanham os reflexos da possível paralisação do governo norte-americano.

A B3 tende a abrir em compasso de cautela, monitorando commodities metálicas, dólar e juros futuros. A agenda doméstica permanece esvaziada, o que deve ampliar a influência dos fatores externos no humor dos negócios nesta segunda-feira.

José Carlos Sanchez Jr.

José Carlos Sanchez Jr.

Jornalista e redator especializado em economia, finanças e investimentos. É Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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