O C6 Bank anunciou nesta quarta-feira (10) uma alteração importante em sua linha premium de cartões. A partir deste mês, clientes do C6 Black poderão garantir a isenção da anuidade com gastos a partir de R$ 4 mil por mês. Até então, o valor exigido era de R$ 5 mil.
A redução de mil reais no limite mensal pode parecer pequena, mas sinaliza uma estratégia agressiva do banco digital em um mercado cada vez mais competitivo.
Ao baixar a barreira de entrada, o C6 aproxima seu cartão de clientes de renda alta intermediária, que antes poderiam considerar o valor mínimo proibitivo.
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Benefícios do C6 Black
O cartão C6 Black acumula até 2,5 pontos por dólar gasto na função crédito. Os pontos não expiram e podem ser usados de diferentes formas: resgate de passagens aéreas, troca por produtos no marketplace C6 Store, conversão em milhas, abatimento da fatura ou até transformação em dinheiro na conta corrente, com cashback de até 1,2%.
Reconhecido pelo portal E-Investidor como o melhor cartão de 2025 na categoria milhas e anuidade grátis, o produto se consolidou como uma das vitrines da instituição. Além disso, clientes têm acesso aos benefícios tradicionais do Mastercard Black, incluindo concierge 24 horas, entrada em salas VIP conveniadas e assistência médica em viagens.
O cartão também oferece tag gratuita para pedágios e estacionamentos (mediante uso do cartão no mês anterior) e permite emissão de até 10 cartões adicionais sem custo, facilitando o controle de gastos familiares.
Diferença para o C6 Carbon Black
Um ponto de confusão comum é a distinção entre o C6 Black e o C6 Carbon Black. Ambos são cartões premium, mas voltados a perfis diferentes.
- C6 Black: isenção com R$ 4 mil em gastos mensais ou investimentos de pelo menos R$ 20 mil em renda fixa no banco;
- C6 Carbon Black: exige R$ 8 mil em gastos mensais ou R$ 50 mil em investimentos para zerar a anuidade.
A anuidade padrão do C6 Black é de 12 parcelas de R$ 50, com os seis primeiros meses gratuitos para novos clientes.
Estratégia no mercado de cartões premium
A movimentação do C6 Bank acontece em um momento de disputa intensa entre bancos digitais e tradicionais pelo público de alta renda.
Itaú, Bradesco e Santander oferecem versões Black com condições agressivas, enquanto fintechs como Nubank e Inter buscam expandir o portfólio com produtos que unem benefícios a menor burocracia.
Para o C6, a mudança tem efeito duplo: atrair novos clientes que buscam status e benefícios do segmento premium e reter correntistas que ainda não atingiram os R$ 5 mil exigidos.
Esse movimento reflete um desafio mais amplo do setor: as fintechs cresceram atendendo o público massificado e agora precisam se provar também no segmento de renda mais alta — o que passa por tornar os cartões premium mais acessíveis.
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O C6 Bank em números
Fundado em 2019, o C6 Bank já ultrapassou a marca de 37 milhões de clientes entre pessoas físicas e jurídicas.
Com mais de 100 produtos no portfólio, o banco foi eleito em 2025, pelo segundo ano consecutivo, a instituição com a melhor jornada digital do país no ranking da idwall.
Em 2024, também entrou pela primeira vez no ranking das marcas mais valiosas do Brasil (Kantar BrandZ), consolidando sua posição entre os bancos digitais mais relevantes.
O que muda para os clientes
Na prática, o impacto é direto: quem gasta entre R$ 4 mil e R$ 5 mil por mês no cartão passa a economizar R$ 600 por ano de anuidade, sem precisar aumentar o valor da fatura ou investir valores adicionais.
A decisão aproxima o produto de um público mais amplo e reforça a estratégia do C6 de ser competitivo em todos os segmentos — do cliente que busca isenção em cartões de entrada até o usuário que deseja benefícios premium.