60% dos brasileiros abandonam metas financeiras antes do meio do ano: entenda por que isso compromete seu futuro!

Nova pesquisa da Serasa mostra que a maioria dos brasileiros deixa de revisar objetivos financeiros ainda no primeiro semestre. Especialistas alertam: sem acompanhamento, metas viram promessas vazias.

Um levantamento recente da Serasa, divulgado em julho de 2025, escancarou um dado preocupante: apenas 40% dos brasileiros voltam a revisar suas metas financeiras após criá-las no início do ano.

Ou seja, 6 em cada 10 pessoas simplesmente abandonam seus planos e seguem o ano sem rumo financeiro. Entre os principais motivos apontados estão a falta de tempo, desorganização e imprevistos no orçamento.

Mas, segundo especialistas, a causa raiz vai além: há uma cultura de curto-prazismo nas finanças pessoais, onde o foco está no apagar incêndios, não na construção de um futuro sólido.

Sem uma rotina mínima de acompanhamento, é comum que objetivos como quitar dívidas, montar uma reserva de emergência ou começar a investir fiquem apenas no papel.

E o mais grave: a frustração acumulada por “não conseguir cumprir” metas mal gerenciadas prejudica a autoestima financeira e reduz a motivação para recomeçar.

“O problema não está em mudar a meta. Está em esquecê-la”, alerta Ana Lima, especialista em finanças comportamentais. Segundo ela, rever objetivos mensalmente — mesmo que por 10 minutos — já é suficiente para manter o foco e ajustar a rota, caso necessário.

A boa notícia é que criar uma rotina de revisão financeira não exige ferramentas complexas nem horas disponíveis.

Com pequenos ajustes semanais ou mensais, como revisar gastos fixos, acompanhar o saldo da conta e refletir sobre o que está funcionando ou não, já é possível manter suas metas vivas e realistas.

Em um cenário de instabilidade econômica, esse tipo de prática deixa de ser apenas recomendação: vira uma estratégia de sobrevivência financeira.


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José Carlos Sanchez Jr.

Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente é consultor financeiro e redator especialista em finanças.

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