As bolsas asiáticas encerraram a sessão desta segunda-feira (22) majoritariamente em alta, impulsionadas pelo alívio nas preocupações em torno da política monetária do Banco do Japão e pelo otimismo de que o Federal Reserve possa reduzir juros em breve. Já na Europa, os principais índices abriram em queda, refletindo cautela dos investidores diante da incerteza sobre o ritmo da economia global e do petróleo em patamar volátil.
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Desempenho da Ásia
No Japão, o Nikkei 225 avançou cerca de 1,0%, recuperando parte das perdas recentes após sinais de que o Banco do Japão não deve acelerar a venda de ativos de forma abrupta. A expectativa de que a política monetária permaneça acomodatícia sustentou o apetite por risco.
O Kospi da Coreia do Sul também registrou valorização, de aproximadamente 0,7%, puxado por papéis de tecnologia e exportadoras. Na Austrália, o índice ASX 200 subiu 0,4%, em linha com o otimismo regional.
Na China continental, o Shanghai Composite avançou 0,2%, sustentado por medidas de estímulo anunciadas pelo governo para apoiar a atividade econômica. Em contrapartida, o Hang Seng de Hong Kong caiu 0,8%, pressionado por setores de imóveis e tecnologia, ainda em clima de incerteza regulatória.
Europa abre em queda
Na abertura dos negócios em Londres, Frankfurt e Paris, o tom foi de cautela. O DAX alemão recuou 0,6%, impactado por dados fracos da indústria europeia e pela queda no setor automotivo. O CAC 40 francês teve perda de 0,1%, enquanto o FTSE 100 britânico ficou praticamente estável, oscilando próximo da estabilidade.
Os investidores na Europa também monitoram o comportamento do petróleo, que segue volátil após sinais contraditórios sobre cortes de produção da Opep+, e aguardam a divulgação de indicadores de confiança empresarial e inflação ao longo da semana.
A postura defensiva dos mercados europeus contrasta com a Ásia, onde prevaleceu o otimismo em torno de possíveis cortes de juros nos Estados Unidos — movimento que pode aliviar pressões cambiais e dar fôlego a emergentes.
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Expectativas para os próximos pregões
A semana promete ser movimentada para os mercados globais. Nos Estados Unidos, investidores acompanham de perto os discursos de dirigentes do Federal Reserve, que devem sinalizar se outros cortes de juros podem ocorrer nas próximas reuniões.
No Brasil e em outros mercados latino-americanos, as bolsas devem repercutir tanto o desempenho externo quanto os desdobramentos internos, como expectativas para a política fiscal e a trajetória da Selic.
O resultado é um mapa de risco global misto, que deve orientar a busca dos investidores por proteção, mas também abrir espaço para oportunidades em setores ligados a tecnologia, energia e commodities.