A Aura Minerals (AURA33) anunciou nesta quinta-feira (2) o lançamento de um programa de incentivo para conversão de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) em ações ordinárias listadas na Nasdaq (AUGO). O processo terá vigência de 32 dias, de 6 de outubro a 6 de novembro de 2025, e faz parte da estratégia da companhia de fortalecer sua presença nos Estados Unidos após a estreia em Wall Street em julho deste ano.
Segundo comunicado ao mercado, cada investidor poderá realizar apenas um pedido de conversão durante o período, independentemente do número de BDRs incluídos.
A proporção estabelecida é de três BDRs para cada ação ordinária. Como referência, no pregão de quarta-feira (1º), as ações da Aura fecharam a US$ 37 na Nasdaq, enquanto os BDRs encerraram a R$ 65,80 na B3.
A empresa informou que assumirá os custos de conversão cobrados pelo Bradesco, instituição depositária responsável pelo programa, desde que todas as condições sejam cumpridas.
De acordo com a mineradora, a iniciativa não terá impacto direto sobre o desempenho financeiro, mas deve ampliar a liquidez dos papéis no mercado norte-americano e atrair novos investidores institucionais.
O lançamento do programa dá continuidade ao plano de longo prazo da Aura de consolidar Nova York como principal referência para suas ações. Em julho, a companhia realizou sua abertura de capital nos Estados Unidos, operação que reforçou a estratégia de diversificação da base acionária e aumento da visibilidade global.
A administração considera que a listagem dupla, na B3 e na Nasdaq, aproxima a mineradora de padrões internacionais de governança e oferece maior flexibilidade para captar recursos em diferentes mercados.
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Parte dos valores obtidos com o IPO em julho foi utilizada para o pagamento antecipado da aquisição da mina de ouro Mineração Serra Grande (MSG), em Goiás, além de despesas operacionais relacionadas à transação.
Outra parcela dos recursos foi destinada ao reforço do caixa, garantindo fôlego para sustentar o crescimento estratégico, desenvolver projetos de exploração e ampliar o portfólio de ativos.
A Aura também destacou que a flexibilidade financeira conquistada com a operação deve contribuir para a expansão futura e para a resiliência da companhia diante da volatilidade dos preços internacionais do ouro. Os recursos servirão para acelerar investimentos em reservas minerais, fortalecer a estrutura de capital e dar suporte a novos planos de exploração.
O programa de conversão surge em um contexto de maior integração entre companhias brasileiras e o mercado de capitais norte-americano. A iniciativa de permitir que investidores migrem de BDRs negociados na B3 para ações listadas na Nasdaq busca aumentar a liquidez nos Estados Unidos e consolidar a Aura como player relevante em Wall Street.
Para a empresa, a medida também representa a chance de ampliar a base de investidores estrangeiros e de fortalecer o reconhecimento internacional da marca. A mineradora considera que o programa reforça o compromisso de longo prazo com seus acionistas e com a expansão global.
A administração aposta que o aumento da liquidez e a maior visibilidade nos Estados Unidos permitirão à companhia não apenas consolidar sua posição no mercado de capitais, mas também sustentar o avanço de seus projetos de crescimento e exploração.