Os mercados globais começaram a semana em alta, refletindo o otimismo dos investidores diante da expectativa de que o Federal Reserve anuncie, na chamada “super quarta”, um corte de 25 pontos-base na taxa de juros. O movimento fortaleceu bolsas asiáticas, pressionou o dólar para baixo e levou o ouro a máximas históricas, num cenário em que todos os olhares se voltam para os próximos passos da política monetária norte-americana.
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Bolsas asiáticas atingem máximas em quatro anos
O índice MSCI da Ásia-Pacífico subiu ao maior patamar desde 2021, enquanto Nikkei e Topix, no Japão, também renovaram recordes. O fluxo de capitais em direção a ativos de risco foi impulsionado por sinais de desaquecimento da economia norte-americana, que reforçam a aposta em cortes de juros.
Com isso, investidores estrangeiros voltaram a ampliar posições em mercados emergentes, especialmente em setores de tecnologia e consumo, mais sensíveis a custos de financiamento.
Dólar perde força frente a moedas emergentes
A moeda norte-americana recuou em relação às principais divisas globais, movimento que favoreceu particularmente o real brasileiro e outras moedas latino-americanas. O enfraquecimento do dólar amplia o diferencial de retorno em mercados locais, estimulando a entrada de capitais externos.
A expectativa é de que uma política monetária menos restritiva nos Estados Unidos alivie pressões cambiais, abrindo espaço para maior estabilidade nas economias emergentes.
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Ouro renova recorde e petróleo tem alta moderada
No mercado de commodities, o ouro atingiu nova máxima histórica, sustentado pelo dólar mais fraco e pela busca de proteção em um ambiente de incertezas. A queda dos juros aumenta a atratividade do metal, tradicional ativo de segurança.
Já o petróleo registrou valorização moderada, refletindo riscos de oferta após ataques a refinarias na Rússia. A alta adiciona pressão inflacionária, lembrando que fatores geopolíticos continuam no radar dos investidores.
Com a decisão do Federal Reserve prevista para esta quarta-feira, o mercado segue atento não apenas ao corte esperado de 0,25 ponto percentual, mas também ao discurso de Jerome Powell e às projeções do “dot plot”.
Esses sinais devem indicar como a maior economia do mundo pretende conduzir sua política monetária em 2026, mantendo a atenção dos investidores em alerta.