A sexta-feira (3) começou agitada no noticiário corporativo da B3, com anúncios de companhias de diferentes setores. Embraer, Natura e Marisa divulgaram comunicados relevantes ao mercado, enquanto SLC Agrícola atualizou projeções, a Santos Brasil concluiu sua saída da bolsa e a GPS anunciou aquisição no segmento de serviços.
No setor aéreo, a Embraer (EMBR3) informou ter entregue 62 aeronaves no terceiro trimestre de 2025, número 5% superior ao do mesmo período do ano passado. O resultado reforça o desempenho da linha Phenom 300, com 20 unidades entregues. No total, foram 20 jatos comerciais, 41 executivos e uma aeronave de defesa.
Na área de consumo, a Natura (NATU3) concluiu a venda da operação Avon CARD, presente em seis países da América Central e do Caribe, para o grupo PDC. O valor simbólico de US$ 1,00 foi acrescido de US$ 22 milhões referentes a recebíveis.
Apesar da alienação, a brasileira seguirá fornecendo produtos e licenciando a marca Avon na região, estratégia que mantém a presença da empresa nesses mercados.
Já a Marisa (AMAR3) foi notificada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a refazer os balanços de 2022 a 2024 e os demonstrativos trimestrais de 2023 a 2025.
A determinação envolve provisões sobre processos tributários de uma controlada e pode alterar indicadores da varejista. A notícia acrescenta mais pressão a uma companhia que já vinha em fase de reestruturação.
No agronegócio, a SLC Agrícola (SLCE3) apresentou guidance da safra 2025/26 com expansão de 13,6% na área plantada, que deve chegar a 836 mil hectares. O avanço reflete a aquisição da Sierentz do Brasil e a aposta em culturas como algodão, soja e milho, além de expectativa de aumento de produtividade.
Enquanto isso, o setor portuário registrou um marco com a saída da Santos Brasil (STBP3) da B3. Após a aquisição pela francesa CMA Terminals, no valor de R$ 5,23 bilhões, a companhia encerrou sua trajetória no Novo Mercado, reforçando a tendência de consolidação no setor de logística.
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Encerrando a rodada de anúncios, a GPS revelou a compra do Grupo Tagg, de São Paulo, especializado em trade marketing e gestão de mão de obra. O negócio, que depende de aprovação do Cade, amplia a presença da companhia em serviços de apoio ao varejo, segmento em crescimento.
O conjunto das movimentações mostra uma sexta-feira de destaque para diferentes setores da economia brasileira, com impactos tanto em empresas voltadas ao mercado interno quanto naquelas de perfil exportador.