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O cobre subiu mais de 6% nesta semana e alcançou US$ 10.600 por tonelada nesta sexta-feira (3), após investidores reagirem ao acidente na mina Grasberg, na Indonésia, que agravou os temores de déficit global de oferta e impulsionou negócios no mercado internacional.

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Na Ásia, os principais mercados encerraram em alta. O índice Nikkei avançou 1,8% em Tóquio, apoiado por ações de tecnologia, enquanto Taiwan renovou máximas históricas. O MSCI asiático acumulou ganho semanal de mais de 2% e a Bolsa de Xangai subiu 0,5%, mesmo com liquidez reduzida por feriados locais.

Na Europa, o índice pan-europeu STOXX 600 abriu em alta e registrou novo recorde, sustentado por dados melhores que o esperado no setor de serviços de Alemanha, Itália e Espanha. O movimento reforçou o tom positivo das bolsas, que acumulam a melhor semana desde abril.

Nos Estados Unidos, a paralisação parcial do governo levou à suspensão da divulgação do relatório mensal de emprego, referência para investidores. Apesar da ausência do payroll, os contratos futuros de Wall Street apontavam para mais um pregão positivo após recordes registrados na véspera.

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O ouro também registrou avanço e se aproximou de US$ 3.900 a onça, acumulando a sétima semana consecutiva de valorização. O movimento é sustentado pela fraqueza do dólar, pela demanda de bancos centrais e pelo aumento nos fluxos de fundos de investimento.

O petróleo seguiu em direção oposta: o Brent recuou abaixo de US$ 65 o barril e caminha para a pior semana em mais de três meses, em meio à expectativa de aumento de produção pela Opep+.

No campo das commodities, o relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) mostrou queda no índice de preços de alimentos para 128,8 pontos em setembro, ante 129,7 em agosto.

O recuo foi puxado por reduções de 4,1% no açúcar e 2,6% nos laticínios, enquanto o preço da carne atingiu novo recorde. O índice segue 20% abaixo do pico de março de 2022, alcançado após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

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Nos Estados Unidos, o setor agrícola enfrenta pressões adicionais com a ausência da China no mercado de soja. As exportações para o maior comprador mundial caíram 39% até julho, levando produtores a buscar destinos alternativos como Bangladesh e Vietnã. Illinois, maior estado produtor, calcula perdas de até US$ 8 por acre em razão dos preços deprimidos.

Em meio às incertezas políticas em Washington, os investidores seguem focados na trajetória da política monetária e no desempenho das commodities estratégicas.

Com o cobre em alta e o ouro próximo de recordes, os mercados globais entram no pregão desta sexta-feira em tom positivo, mesmo sem os dados de emprego dos EUA.

José Carlos Sanchez Jr.

José Carlos Sanchez Jr.

Jornalista e redator especializado em economia, finanças e investimentos. É Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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