O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (2) que se reunirá com o diretor de orçamento, Russell Vought, para definir novos cortes em agências federais. No segundo dia de shutdown, disse que pretende mirar órgãos ligados a prioridades democratas e que pode ampliar o número de demissões.
Trump já suspendeu repasses a projetos de transporte público e energia limpa em estados de maioria democrata e ameaça dispensar até 300 mil servidores até o fim do ano.
Segundo a Casa Branca, milhares de trabalhadores podem ser desligados durante o período de shutdown, que começou na última quarta-feira após o Congresso não aprovar a lei orçamentária para o novo ano fiscal.
A paralisação, a 15ª desde 1981, afeta 2 milhões de funcionários federais, dos quais 750 mil foram dispensados temporariamente e outros seguem trabalhando sem remuneração, como militares e agentes da Patrulha da Fronteira.
Caso o impasse não seja resolvido até 15 de outubro, data do próximo contracheque, muitos poderão enfrentar dificuldades financeiras. Entre as atividades suspensas estão pesquisas científicas, relatórios de dados econômicos e serviços administrativos.
Programas de benefícios como a Previdência Social continuam operando, mas uma paralisação prolongada pode atingir viagens aéreas, exportações, pedidos de hipoteca e ajuda alimentar a milhões de americanos.
Leia mais
O último shutdown, entre 2018 e 2019, durou 35 dias e também ocorreu durante a gestão Trump, em disputa sobre imigração.
Apesar de paralisações anteriores não terem causado danos duradouros à economia, a atual eleva a incerteza política e fiscal. O Senado volta a se reunir na sexta-feira (3) para tentar avançar em um acordo.