Bitcoin
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O ether ganhou impulso nesta quinta-feira (2) após o Citigroup revisar para cima sua projeção de preço, enquanto o bitcoin teve a estimativa de valorização ligeiramente reduzida, mesmo negociado acima de US$ 119 mil em meio ao impacto do shutdown nos Estados Unidos.

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Na revisão divulgada pelo banco, a meta de fim de ano para o ether passou a US$ 4.500, quase 3% acima do patamar atual, com projeção de US$ 5.440 em 12 meses. Já para o bitcoin, a previsão foi ajustada para US$ 133 mil, ainda implicando um ganho de 12% sobre os níveis de hoje.

O Citi destacou que o desempenho da criptomoeda segue pressionado por fatores macroeconômicos, como a valorização do dólar e a queda do ouro, mas reforçou a manutenção da narrativa de “ouro digital” para o ativo.

No mercado, o bitcoin subiu 4% nas últimas 24 horas, atingindo US$ 119.455, o maior valor em dois meses, segundo dados da CoinDesk. A alta refletiu a expectativa de maior liquidez diante da paralisação parcial do governo norte-americano, que pode atrasar indicadores econômicos e fortalecer apostas em novos cortes de juros pelo Federal Reserve.

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Além do bitcoin, outras criptomoedas avançaram: o ether negociava a US$ 4.388, enquanto XRP, solana e dogecoin subiram entre 4% e 7%. O CoinDesk 20 Index, que acompanha os principais ativos digitais, registrava ganho de 5%, a 4.217 pontos.

O Citi destacou que o ether vem se beneficiando de forte fluxo institucional, com destaque para fundos negociados em bolsa (ETFs) e tesourarias digitais. O potencial de geração de rendimento por meio de staking e aplicações em finanças descentralizadas também sustenta o interesse do mercado.

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Já para o bitcoin, o cenário segue condicionado ao fluxo de novos investidores. O banco estima entradas de até US$ 7,5 bilhões no fim do ano em sua base, mas admite que uma recessão poderia empurrar os preços para a faixa de US$ 83 mil.

No curto prazo, operadores também veem as opções de bitcoin listadas na Deribit como baratas, sugerindo que a volatilidade pode aumentar com o avanço das incertezas fiscais e monetárias nos EUA.

José Carlos Sanchez Jr.

José Carlos Sanchez Jr.

Jornalista e redator especializado em economia, finanças e investimentos. É Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

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