O Ibovespa fechou esta quarta-feira (1º) em queda de 0,49%, aos 145.517,35 pontos, acompanhando a aversão ao risco nos mercados internacionais e a cautela doméstica com o cenário fiscal. O dólar à vista encerrou em alta de 0,11%, cotado a R$ 5,32.
No Brasil, o foco esteve no Congresso, onde a Câmara deve votar ainda hoje o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
A proposta inclui ainda desconto para salários de até R$ 7.350 e cria uma alíquota mínima de 10% para contribuintes de altíssima renda. Também avançou a discussão sobre a medida provisória que eleva a taxação de aplicações financeiras e apostas esportivas, com estimativa de arrecadar até R$ 20 bilhões e cortar R$ 15 bilhões em despesas.
Entre as ações do índice, Braskem (BRKM5) liderou os ganhos, com valorização de quase 5% após o Cade aprovar, sem restrições, a possível venda da participação da Novonor na petroquímica para o fundo Petroquímica Verde. O movimento também impulsionou o GPA (PCAR3), que recuperou perdas da véspera e figurou entre as maiores altas.
Na ponta negativa, Vamos (VAMO3), Ultrapar (UGPA3) e CVC (CVCB3) ficaram entre as maiores quedas do dia. Entre as blue chips, Petrobras (PETR4;PETR3) recuou acompanhando a queda do petróleo no mercado internacional, enquanto Vale (VALE3) avançou cerca de 1%, apoiada em declarações do presidente da companhia, Gustavo Pimenta, que destacou retorno competitivo ao acionista.
No cenário externo, o destaque foi o início oficial do shutdown do governo dos Estados Unidos, após a falta de acordo entre republicanos e democratas sobre o orçamento. A paralisação reforçou a incerteza nos mercados globais e atrasará a divulgação de indicadores relevantes, como o relatório de emprego de setembro.
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Apesar do nervosismo, as bolsas de Nova York se firmaram em alta no fim do pregão, com apoio do setor farmacêutico e após a notícia de que a Pfizer fornecerá medicamentos com descontos de até 100% nos EUA. O Dow Jones subiu 0,09%, o S&P 500 avançou 0,34% e o Nasdaq ganhou 0,42%.
Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,15%, enquanto o FTSE 100 renovou recorde nominal em Londres.