O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (23) que a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda, que alcançará trabalhadores com salários de até R$ 5 mil mensais, deve ser sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva até outubro. A mudança, segundo ele, representa a maior atualização já feita em um único mandato e poderá beneficiar cerca de 20 milhões de pessoas.
Haddad destaca impacto social da medida
Em entrevista ao portal ICL Notícias, Haddad avaliou que a reforma do Imposto de Renda marca a primeira tentativa efetiva do Estado brasileiro de enfrentar a desigualdade de renda.
O ministro lembrou que, em três anos, a renda média da população cresceu 18% acima da inflação, segundo o IBGE, o maior avanço desde o Plano Real. Para ele, a nova isenção amplia o alcance das políticas sociais já em andamento, como a retirada do Brasil do mapa da fome.
Renúncias fiscais seguem em debate
O ministro também chamou atenção para o volume de renúncias fiscais em vigor, estimado em mais de R$ 600 bilhões. Ele disse que o governo conseguiu reverter R$ 100 bilhões, mas ainda há espaço para rever subsídios considerados ineficientes.
Segundo Haddad, a intenção é reduzir gradualmente a carga tributária sobre o consumo e reequilibrar a cobrança a partir do imposto de renda, especialmente para as faixas de maior renda.
Leia Mais
Congresso terá papel decisivo
O ministro também afirmou que o Congresso Nacional terá a oportunidade de aprovar uma medida estruturante para combater a desigualdade.
“Não podemos permanecer entre os dez países mais desiguais do mundo”, disse, acrescentando que um ambiente econômico mais equilibrado em termos de renda é condição essencial para garantir crescimento sustentado.











Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.
Ainda não há comentários nesta matéria.