As bolsas da Ásia encerraram a terça-feira (23) em alta, puxadas por empresas de tecnologia e pelo otimismo em torno da inteligência artificial, enquanto os mercados europeus abriram de forma moderada à espera de indicadores econômicos e discursos do Federal Reserve. No campo das commodities, o ouro atingiu novo recorde acima de US$ 3.750 por onça, reforçando a busca por ativos de proteção.
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Ásia fecha em alta com impulso da tecnologia
O pregão asiático foi marcado por ganhos consistentes em mercados como Japão e Coreia do Sul. O Nikkei 225 avançou com força, sustentado pela valorização de gigantes de chips e semicondutores, refletindo o entusiasmo global com investimentos em inteligência artificial.
O Kospi, em Seul, também fechou positivo, beneficiado pela demanda por tecnologia de ponta e pela expectativa de exportações mais robustas.
Na China, o desempenho foi mais contido. O índice CSI300, que reúne as principais ações de Xangai e Shenzhen, recuou cerca de 0,8%, refletindo preocupações locais com o ritmo de recuperação econômica e com as tensões comerciais ligadas às tarifas dos Estados Unidos. Mesmo assim, o sentimento geral na Ásia permaneceu sustentado pelo setor tecnológico.
Europa abre em compasso de espera
Na abertura desta terça-feira, os principais índices europeus mostraram cautela. O DAX de Frankfurt e o CAC 40 de Paris registravam leves oscilações, enquanto o FTSE 100, em Londres, operava próximo da estabilidade.
Investidores aguardam a divulgação dos PMIs da zona do euro, que devem oferecer um retrato atualizado da atividade industrial e de serviços no bloco.
Além dos indicadores, o foco está voltado para os discursos de Jerome Powell e de outros dirigentes do Federal Reserve, previstos ao longo da semana.
Expectativas sobre o rumo da política monetária norte-americana mantêm os negócios em ritmo mais contido no início da sessão europeia.
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Ouro dispara a novo recorde
O ouro atingiu US$ 3.759 por onça nesta terça-feira, renovando máximas históricas. O movimento acompanha as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar juros ainda neste ano, reduzindo o custo de oportunidade de se manter posições em metais preciosos.
A demanda por proteção tem sido alimentada também por incertezas geopolíticas e pela desaceleração em algumas economias-chave. O avanço reforça a posição do ouro como ativo de refúgio em um cenário de volatilidade global.