Petrobrás

A Petrobras (PETR4) inaugurou nesta quinta-feira (18) a maior turbina eólica do Brasil, em parceria com a WEG e a Statkraft. O aerogerador, localizado na Bahia, tem capacidade de 7 megawatts e demandou investimento estimado em R$ 130 milhões. A iniciativa marca um avanço na estratégia da estatal de ampliar sua presença no setor de energia renovável e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

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Mesmo com o anúncio, as ações preferenciais da Petrobras recuaram cerca de 1,07% no pregão de ontem (18), acompanhando a queda do petróleo Brent no mercado internacional. O movimento impactou diretamente o Ibovespa, já que a companhia tem grande peso na composição do índice. No sentido oposto, os papéis da WEG (WEGE3), parceira no projeto, registraram leve alta de 0,16%.

Avanço em energias renováveis

A instalação da turbina eólica reforça os planos da Petrobras de diversificação energética. A empresa vem ampliando estudos e projetos em energia solar e eólica como parte de seu plano estratégico, que prevê investimentos crescentes em fontes alternativas ao longo da próxima década.

Para a WEG e a Statkraft, parceiras no empreendimento, a iniciativa representa oportunidade de cooperação tecnológica e expansão de mercado em projetos de grande escala. O aerogerador baiano, com capacidade para atender cerca de 35 mil pessoas, é considerado um dos mais potentes da América Latina.

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Pressão por dividendos

Apesar do avanço em renováveis, o foco dos investidores segue voltado à política de dividendos da estatal. De acordo com relatório do BTG Pactual, a Petrobras pode ampliar significativamente os proventos distribuídos em 2026 caso consiga reduzir investimentos (capex) e despesas operacionais (opex).

A estimativa é de que cada US$ 1 bilhão de economia represente um incremento de aproximadamente 0,5 ponto percentual no dividend yield. Além disso, uma variação de US$ 5 no barril do Brent pode alterar em até 1,3 ponto percentual o retorno pago aos acionistas.

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Impacto do petróleo no mercado

O desempenho das ações da Petrobras segue atrelado ao preço internacional do petróleo. A queda do Brent nesta quinta-feira (18) pesou sobre os papéis da estatal e contribuiu para a desvalorização do Ibovespa. Tensões geopolíticas, decisões da Opep+ e projeções de demanda global seguem determinantes para o comportamento da commodity.

Analistas do BTG Pactual ressaltam que, embora os projetos de energia renovável tragam perspectivas de diversificação no longo prazo, os resultados financeiros imediatos da Petrobras continuam altamente sensíveis à volatilidade externa.

José Carlos Sanchez Jr.

José Carlos Sanchez Jr.

Jornalista com foco em economia e sociedade, dedica-se a investigar como decisões econômicas, políticas e sociais se entrelaçam na construção de um Estado de bem-estar social no Brasil.

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