A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) divulgou hoje, 8 de setembro de 2025, o estudo “Radar de Futuros”. O documento avalia 90 inovações e coloca a inteligência artificial e o blockchain como protagonistas das mudanças que vão moldar bancos, corretoras e investidores nos próximos dez anos. A pesquisa não apenas projeta tendências, mas também sinaliza a urgência de adaptação para empresas que ainda estão presas a modelos tradicionais.
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Virada no radar: tecnologias que vão comandar o futuro
A Anbima divulgou um levantamento exclusivo com as 50 tecnologias mais disruptivas para o setor financeiro até 2035.
Entre elas, IA e blockchain aparecem no topo do ranking, considerados motores de transformação capazes de alterar produtos, serviços e até a governança das instituições. O estudo funciona como um “mapa do futuro” para orientar estratégias de inovação.
O relatório foi conduzido pela própria Anbima, em parceria com especialistas do mercado financeiro e de tecnologia. Além das instituições de capitais, investidores, bancos digitais e fintechs estão diretamente no radar. Para o consumidor, o impacto pode vir em forma de produtos mais acessíveis, crédito inteligente e serviços personalizados baseados em IA.
Quando o futuro começa a ser realidade
Apesar de o horizonte projetado ser 2035, a Anbima reforça que a adoção já está em curso. Bancos já estão usando IA generativa para atendimento, exchanges estão tokenizando ativos e fundos de investimento migrando para plataformas digitais integradas a blockchain.
O epicentro da mudança é o sistema financeiro brasileiro, mas a pesquisa conecta essas tendências a um movimento global. O Brasil, por ter forte penetração bancária digital e alta adesão ao Pix, se torna um laboratório natural para testar novas soluções. O desafio é equilibrar inovação com segurança regulatória.
Como IA e blockchain vão se cruzar nos próximos anos
Segundo o estudo, a IA deve assumir papéis críticos em análise de risco, precificação de ativos, atendimento automatizado e prevenção de fraudes.
Já o blockchain abre caminho para a tokenização de ativos reais, contratos inteligentes e auditoria descentralizada. A convergência das duas tecnologias pode reduzir custos, ampliar a transparência e acelerar transações.
A pressão vem de dois lados: consumidores mais digitais e reguladores mais atentos. Para não perder espaço, instituições financeiras precisarão se adaptar rapidamente.
O relatório alerta que o atraso em adotar IA e blockchain pode significar perda de competitividade, aumento de custos operacionais e afastamento de investidores globais.
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O que esperar para os próximos anos
A longo prazo, espera-se um mercado mais inclusivo, ágil e transparente. Produtos financeiros poderão ser customizados em tempo real de acordo com o perfil do cliente, e operações hoje burocráticas, como empréstimos ou transferências internacionais, podem ser reduzidas a segundos.
Se as previsões se confirmarem, o sistema financeiro em 2035 será irreconhecível para quem se acostumou a filas de banco e contratos em papel.
Para investidores, abre-se um campo fértil de novas oportunidades — mas também de riscos inéditos. O futuro já está no radar e, a partir de agora, o desafio é escolher: ser parte da transformação ou ficar para trás.