Como sair do vermelho e começar a organizar as finanças: 7 dicas práticas

A dificuldade de manter as contas em dia e organizar as finanças é uma dura realidade para muitos brasileiros que não conseguem sair do vermelho.

De acordo com dados da Peic (Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor), o número de famílias endividadas no Brasil em abril de 2025 chegou a 77,6% da população.

Esses dados apontam que uma parcela significativa da população está endividada ou enfrenta atrasos no pagamento de dívidas, o que compromete não apenas o orçamento, mas também o bem-estar emocional e a qualidade de vida.

Mas aí vem a grande dúvida: como organizar as finanças e sair do vermelho? Ainda que pareça uma tarefa complexa, com planejamento, disciplina e pequenas mudanças é possível dar a volta por cima.

E para ajudar você nessa empreitada, separamos 7 dicas certeiras. É só continuar mais 3 minutinhos por aqui e conferir!

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1- Faça um diagnóstico financeiro detalhado

O primeiro passo para organizar as finanças é ter uma visão clara da situação atual. Como assim? Bom, é preciso mapear todas as fontes de receita e listar, com precisão, todas as despesas fixas e variáveis.

Nesse levantamento, é fundamental incluir dívidas em aberto, parcelas de financiamentos, cartões de crédito e eventuais empréstimos. Ter um panorama completo permite identificar o tamanho do problema e traçar estratégias mais assertivas para resolver.

Se você não tem nem ideia para onde está indo o seu dinheiro, dificilmente vai conseguir solucionar o problema. Por isso, o diagnóstico é tão importante.

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2 – Interrompa a criação de novas dívidas

Enquanto o processo de reorganização acontece, é importante evitar contrair novas dívidas. A recomendação é suspender temporariamente o uso do cartão de crédito, cheque especial ou qualquer outra linha de crédito rotativo.

O uso constante desses recursos tende a aumentar o endividamento e agravar a situação financeira. Ao optar por pagamentos à vista ou no débito, é possível ter um controle maior do dinheiro disponível e evitar juros elevados.

E fica mais fácil você saber exatamente para onde está indo o dinheiro do seu orçamento e assim fazer um ajuste mais preciso para resolver o problema de uma vez por todas.

3 – Renegocie débitos com credores

Uma etapa essencial para sair do vermelho é buscar a renegociação das dívidas. Principalmente para sair daquelas que possuem juros mais elevados.

Então, se você não consegue sair do rotativo do cartão ou do cheque especial, é hora de parcelar esses débitos para pagar um valor que caiba no seu bolso mensalmente. Quanto mais você demorar para fazer isso, mais juros vai pagar.

Além de reduzir o valor total da dívida, a renegociação pode trazer mais previsibilidade ao orçamento, permitindo pagamentos mensais mais compatíveis com a realidade financeira.

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4 – Reduza gastos não essenciais

Após diagnosticar a situação, é necessário avaliar as despesas e identificar possíveis cortes. Pequenas economias, somadas ao longo do mês, podem gerar um impacto significativo.

Do lado das despesas fixas, procure ver se é possível:

  • Reduzir o gasto com aluguel;
  • Reduzir gastos com supermercado;
  • Diminuir o valor da mensalidade escolar;
  • Estender o prazo de pagamento de um financiamento.

Enfim, tudo o que possa baixar o valor das parcelas mensais. Já do lado dos gastos variáveis, evite a alimentação fora de domicílio, tome cuidado com as compras com impulso e diminua drasticamente o seu consumo.

O objetivo não é eliminar completamente os momentos de lazer, mas adaptá-los ao novo momento financeiro.

5 – Estabeleça um orçamento mensal realista

Com as dívidas negociadas e os gastos reduzidos, o próximo passo é criar um orçamento mensal. Esse planejamento deve considerar as despesas fixas, os valores renegociados, custos variáveis e uma margem para imprevistos.

Utilizar planilhas ou aplicativos de gestão financeira pode facilitar o acompanhamento, além de ajudar a visualizar de forma clara onde o dinheiro está sendo direcionado.

Ter um orçamento bem definido também facilita a tomada de decisões e impede que o controle financeiro se perca ao longo do mês.

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6 – Inicie a construção de uma reserva de emergência

Mesmo em um momento de reestruturação financeira, é importante começar a formar uma reserva de emergência, ainda que em valores reduzidos.

Essa reserva funciona como uma rede de proteção para cobrir despesas inesperadas, evitando a necessidade de recorrer a novos créditos ou empréstimos.

A recomendação inicial é reservar pequenos valores mensais, de acordo com a sua possibilidade. O mais importante é criar o hábito de poupar regularmente, fortalecendo a disciplina financeira ao longo do tempo.

Por exemplo, se você ganha R$ 3 mil por mês, tente reservar ao menos R$ 200 do seu orçamento para construir a sua reserva de emergência.

7 – Adote uma mentalidade de longo prazo

Sair do vermelho exige, além de medidas práticas, uma mudança de mentalidade. E o que isso significa? Compreender que hábitos financeiros saudáveis devem ser mantidos continuamente, mesmo após a quitação das dívidas.

Controlar impulsos de consumo, planejar compras com antecedência, priorizar objetivos financeiros e cultivar o hábito de acompanhar regularmente o orçamento são atitudes que contribuem para evitar novos ciclos de endividamento.

A educação financeira desempenha papel fundamental nesse processo, proporcionando maior autonomia e segurança para tomar decisões que impactam diretamente a sua qualidade de vida.

Conclusão

Como vimos neste artigo, recuperar o equilíbrio financeiro pode parecer uma meta distante, mas com organização, disciplina e planejamento, é possível sair do vermelho e iniciar uma nova fase, mais saudável e sustentável.

Ainda que no começo tudo pareça mais difícil, com o tempo e novos hábitos, a sua saúde financeira vai se recuperando, e você vai começar a observar que o dinheiro que antes faltava, começará a sobrar no final do mês.

Inclusive, esse é um dos passos mais importantes não só para organizar as finanças, como também para a conquista da sua liberdade financeira.

FAQ — Perguntas Frequentes

O que significa estar no vermelho?

Estar no vermelho significa ter um saldo negativo na conta ou estar com dívidas em atraso. Isso ocorre quando os gastos superam a renda disponível, resultando em uso de crédito rotativo, cheque especial ou empréstimos.

Por onde devo começar para sair do vermelho?

O primeiro passo é fazer um diagnóstico financeiro detalhado. É essencial listar todas as dívidas, despesas fixas, variáveis e fontes de receita. Somente com uma visão clara é possível planejar estratégias eficazes para reorganizar as finanças.

Vale a pena pegar um empréstimo para quitar dívidas?

Depende. Em alguns casos, contratar um empréstimo com juros menores pode ajudar a quitar dívidas mais caras (como cartão de crédito e cheque especial). Porém, é fundamental avaliar se a nova parcela cabe no orçamento e evitar criar novos compromissos.

Como negociar dívidas com bancos ou financeiras?

Entre em contato com a instituição credora e explique sua situação. Muitas oferecem condições especiais de renegociação, com descontos em juros ou parcelamentos mais longos. Também existem plataformas online que facilitam esse processo e podem ajudar a encontrar melhores condições.

Cortar gastos significa abrir mão de tudo?

Não. Cortar gastos não significa eliminar todo o lazer ou prazer. O objetivo é ajustar o consumo, identificando despesas que podem ser reduzidas ou adaptadas à realidade atual, sem comprometer totalmente a qualidade de vida.

Posso começar a poupar mesmo devendo?

Sim. Ainda que seja um valor pequeno, criar o hábito de poupar ajuda a construir uma reserva de emergência e evita que você precise recorrer a crédito novamente em caso de imprevistos. O importante é equilibrar a quitação de dívidas com a formação de uma reserva.

Quanto devo ter em uma reserva de emergência?

O ideal é ter uma reserva equivalente a, pelo menos, três a seis meses do seu custo de vida mensal. No entanto, para quem está começando, qualquer valor guardado já é um passo positivo. A prioridade inicial deve ser criar o hábito de economizar regularmente.

Por que o cartão de crédito atrapalha quem está no vermelho?

O cartão de crédito, se não for controlado, facilita o consumo impulsivo e acumula dívidas com juros elevados. Para quem já está no vermelho, o ideal é interromper o uso temporariamente e priorizar pagamentos à vista, para evitar o acúmulo de novas parcelas.

Como evitar cair novamente no vermelho no futuro?

Manter um orçamento atualizado, controlar gastos, revisar periodicamente as finanças, planejar compras e manter uma reserva de emergência são medidas fundamentais. Além disso, desenvolver uma mentalidade financeira consciente ajuda a evitar dívidas desnecessárias.

Existem aplicativos que ajudam a organizar as finanças?

Sim. Existem diversos aplicativos que ajudam a controlar gastos, categorizar despesas, definir metas e acompanhar o orçamento mensal. Alguns deles contam com recursos de inteligência artificial para prever gastos futuros e sugerir ajustes no planejamento.

José Carlos Sanchez Jr.

Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Atualmente é consultor financeiro e redator especialista em finanças.

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