Alimentos que ficaram mais baratos
Prefere ouvir o artigo? Aperte o play!

Você já notou que alguns itens da feira estão custando menos neste ano? Apesar de a inflação seguir pressionando o orçamento das famílias brasileiras, dados do IBGE mostram que determinados alimentos tiveram queda expressiva em 2025.

continua depois da publicidade

Esse alívio, ainda que pontual, faz diferença no carrinho de compras, principalmente para quem depende da cesta básica.  E não estamos falando de produtos de luxo: são itens do dia a dia, que compõem refeições básicas e aparecem em quase todas as cozinhas do país.

Tomate

O tomate foi um dos destaques de 2025. Só em agosto, registrou queda de -13,39%, segundo o IBGE. A redução veio após uma safra mais favorável e melhorias no transporte, que diminuíram as perdas no escoamento da produção.

A queda surpreende porque, em anos anteriores, o tomate figurou entre os vilões da inflação. O impacto para o consumidor é direto: além de aparecer em saladas e pratos populares, o fruto é a base de molhos, que encarecem quando o tomate dispara.

continua depois da publicidade

Em algumas capitais, a redução acumulada no ano já ultrapassava 15%, oferecendo um raro respiro ao bolso do consumidor.

Manga

A manga também chamou atenção nas gôndolas. Em agosto, apresentou queda de -18,4%, a maior entre os alimentos monitorados. O recuo foi resultado de safras mais abundantes, que aumentaram a oferta e derrubaram os preços.

Essa redução é significativa porque a fruta, bastante consumida no verão, costuma ter forte variação de preço ao longo do ano.

Para quem busca opções de frutas com bom custo-benefício, a manga se tornou alternativa mais acessível em 2025, ajudando famílias a diversificar a alimentação sem aumentar o gasto.

Batata-inglesa

Outro item essencial do prato brasileiro, a batata-inglesa registrou recuo de -8,59% em agosto. A queda foi puxada por maior produção em regiões como Minas Gerais e Paraná, além da melhora no transporte.

O peso desse alimento no orçamento é alto porque a batata aparece em refeições populares, tanto em casas quanto em restaurantes de comida por quilo.

A redução nos preços ajuda a segurar a conta no fim do mês e diminui a pressão sobre pratos que usam o ingrediente como base.

continua depois da publicidade

Cebola

Depois de fortes altas em 2024, a cebola começou a apresentar recuos em 2025. Em julho, o preço médio já mostrava queda, reflexo do maior equilíbrio entre oferta e demanda.

A cebola é parte essencial do preparo de praticamente todos os pratos do dia a dia. Quando sobe, pesa rápido no orçamento doméstico.

Por isso, o alívio em 2025 foi comemorado pelos consumidores, ainda que a expectativa seja de oscilação nos próximos meses, já que o preço do item depende fortemente de condições climáticas e de safra.

Arroz

Base da alimentação nacional, o arroz teve queda de -3,23% em junho, conforme o IBGE. A redução veio com safras mais fortes e custos logísticos menores.

A relevância do arroz na dieta do brasileiro é enorme: qualquer variação no preço reflete diretamente na cesta básica. O recuo em 2025 trouxe um respiro às famílias, sobretudo de menor renda, que destinam boa parte do orçamento à alimentação.

Leia mais

O que isso significa para você

As quedas observadas em produtos como tomate, manga, batata, cebola e arroz não anulam o peso da inflação, mas ajudam a mostrar que nem todos os preços sobem ao mesmo tempo.

Para os consumidores, essa é uma boa oportunidade de economizar em alguns itens e equilibrar melhor o carrinho de compras.

É importante destacar que a inflação de alimentos costuma ser volátil, já que depende de safras, importações e custos de transporte. Ainda assim, 2025 trouxe boas notícias em produtos básicos que fazem diferença no prato e no bolso.

José Carlos Sanchez Jr.

José Carlos Sanchez Jr.

Jornalista e redator especializado em economia, finanças e investimentos. É Administrador de Empresas com MBA em Gestão Financeira, Controladoria e Auditoria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Scroll to Top